Entrevista ― A banda kpop Topp Dogg na mídia, Suécia e Coreia do Norte
04:19:0002/12/15
K-pop, e o recentemente mais popular, k-hiphop, é uma indústria enorme na Coreia do Sul que compreende fãs através de competições diárias com um sistema de votos avançado. Todo dia há novos e rigorosamente treinados grupos adolescentes começando com o desejo de subir ao topo.
A Suécia é um assunto quente na Coreia do Sul atualmente, e não é só porque tem compositores suecos envolvidos atrás das cenas.
Dê uma olhada num mundo pop que é ao mesmo tempo familiar, mas ainda surpreendente à Suécia nessa entrevista exclusiva com o Topp Dogg de Seul!
Olá! Como você está? Com quem que eu estou falando?
P-goon: Meu nome é P-goon, eu sou o líder do grupo e também o mais velho. Eu estou sentado com os outros nove caras — Sangdo, Yano, Jenissi, Hansol, B-joo, Nakta, Hojoon, Xero e A-tom. Tudo está ótimo! Nós acabamos de voltar da filmagem do nosso reality show ("Topp Dogg Project" na MBC Music) e iremos logo para a sala de dança para praticar. Então por agora nós só estamos descansando.
O que "Topp Dogg" significa?
Hojoon: É bem simples — só quer dizer que nós queremos ser o número um! Um tipo de motivação para que nós trabalhemos duro.
Quando vocês decidiram se tornar estrelas do pop?
Yano: A nossa maioria provavelmente nem queria ser estrelas do pop, e sim artistas e ter a oportunidade de trabalhar com música. Todos nós viemos de cenários diferentes. Alguns começaram como dançarinos, alguns como rappers clandestinos ou compositores, enquanto outros, é claro, queriam ser estrelas desde o começo.
Vocês preparam-se para essa carreira?
Yano: As preparações para ser um ídolo na Coreia quase sempre começa com sendo um "trainee" em uma empresa de entretenimento por alguns anos, qual envolve treinar e praticar dança e música rigidamente todo dia — mas também treino de mídia e coisas assim. Então, a empresa decide quando você está pronto para o debut (estreia). No nosso grupo, alguns foram trainees por alguns anos enquanto outros por alguns meses.
Jenissi: Nós somos um grupo bem variado de artistas em termos de estilos individuais. Eu faço mixtapes de rap no SoundCloud, por exemplo, enquanto Hansol faz coreografias de vogue e vídeos de dança no Youtube. Totalmente opostos, na verdade, mas nossas diferenças transformam-se na força do grupo de alguma maneira.
Yano: Sim, exatamente. Minhas próprias mixtapes são muito diferentes da música que eu produzo para o Topp Dogg. Para o último EP, por exemplo, eu escrevi o vívido e balada cativante "Sweetheart". Mas eu também acho que é assim que você cresce como artista — quando você é forçado a criar algo fora da sua zona de conforto.
Que sentimento vocês pretendem trazer à audiência com sua música?
B-joo: Eu só quero que sorriam e se sintam bem quando nos ouvirem. E eu espero que sejam entretidos pela performance em si — música, dança, tudo!
Qual de suas músicas vocês acham que tem o potencial de virar um hit na Suécia?
Sangdo: Essa é uma pergunta difícil. Eu sei que há alguns fãs na Suécia, mas a maioria deles são fãs de k-pop, então eu acho que as performances são diferentes do que as suecas. Do nosso último álbum... Talvez "All eyez on me"? Honestamente, eu não tenho ideia.
Vocês misturam bastantes gêneros musicais em sua música. Qual sua influência musical?
Jenissi: Como você sabe, nós temos os nossos gostos próprios, então é um desafio criar músicas que não só nós gostemos, mas que os nossos fãs gostem. Sinceramente, eu ainda sinto que estamos procurando o som que seja único para nós, mas ao mesmo tempo é muito interessante ver o que acontece pelo caminho.
Do quê vocês chamam sua música?
Xero: Nós geralmente falamos que é baseado no hip-hop e no R&B, porém realmente é uma mistura de vários gêneros.
Eu ouvi que vocês não são "ídolos típicos"... Como vocês se destacam no meio de todos os outros artistas k-pop?
Yano: Eu acho que nós somos permitidos a ser nós mesmos mais facilmente do que outros ídolos. Sendo um ídolo na Coreia você tem que seguir um monte de "regras", sobre como ser um, o que dizer e como sempre proteger sua imagem. Nossa empresa é bem relaxada (em relação a isso) e nos dá a liberdade de ser mais genuíno, por exemplo, nas nossas entrevistas. Nós somos também envolvidos nos aspectos criativos do nosso trabalho — como produzir música e montar a coreografia, em vez de só performar como alguns outros ídolos ainda fazem.
Quão difícil é manter a energia positiva e se dar bem num grupo de 10 integrantes? Vocês passam tempo juntos?
Nakta: Esse é o nosso trabalho e como qualquer outro trabalho você fica irritado com os seus colegas às vezes. Então é claro que discutimos às vezes, mas também somos uma família, porque não só trabalhamos juntos — frequentemente sob circunstâncias turbulentas — mas também vivemos juntos, conhecemos a família uns do outros e por assim vai. Portanto, nós estamos literalmente juntos praticamente toda hora. Alguns integrantes são mais próximos do que outros então saem juntos em seu tempo livre, porém ainda sim há uma enorme ligação entre nós desde que passamos por tanta coisa juntos. É provavelmente difícil para estrangeiros entender completamente nossas vidas do jeito que nós nos entendemos.
Vocês falam sobre a Coreia do Norte, escrevem músicas sobre ou coisas assim? Ou é um tabu?
A-tom: Não é um tabu, só é que não é muito interessante para os sul-coreanos. Estrangeiros devem pensar que é um assunto quente, mas a relação entre as Coreias foi a mesma por tanto tempo — até antes dos nossos pais terem nascido — então ninguém liga.
Qual sua relação com a Suécia? Os coreanos em geral conhecem a Suécia?
Sangdo: A Suécia é muito famosa na Coreia! Parece que é o lugar dos sonhos para visitar ou morar. Nós também já conseguimos o nosso primeiro IKEA* esse ano e Acne abriu sua primeira loja em Seul. Foi um grande evento. Um monte de outras marcas suecas de moda são bastante popular. Artistas como ABBA, Avicii e Icona Pop também são bem conhecidos. E Tove Lo está tocando bastante no escritório ultimamente.
Hansol: Pelo que ouvi, não são muitos suecos que sabem que muitos dos maiores hits coreanos foram escritos por suecos. Talvez não tenha tantas pessoas que se importam com o que está acontecendo no ramo da música coreana, mas o k-pop é uma indústria tão enorme e os suecos deviam sentir-se orgulhosos por isso. Mas sim, tudo da Escandinávia — especialmente design, moda e música — tem uma ótima reputação e um alto status aqui.
Tem algum artista sueco com quem vocês gostariam de trabalhar? Vocês planejam vir para a Suécia?
B-joo: Eu adoraria trabalhar com artistas suecos, Icona Pop ou Tove Lo seriam bem legais, ou talvez Zara Larsson ou Rebecca & Fiona. Colaborar com não-coreanos seria em um todo bem interessante. Nós temos um monte de covers que fazemos no Youtube. Será que devíamos fazer um cover de um artista sueco na próxima vez?
Hojoon: Nós definitivamente temos planos de ir para a Suécia no futuro, esperançosamente logo! Mas é claro, tem muitas coisas para pensar ao planejar uma turnê ou um show no exterior. Cabe à nossa direção a pensar e dizer exatamente quando seria possível. Sim, nós aguardamos poder ir para a Suécia no futuro — se for assim eu espero que vocês venham nos ver! Nós somos realmente bons ao vivo! (risos)
E por último mas não menos importante — qual a meta do Topp Dogg?
P-goon: Nossos objetivos são de ter a possibilidade de trabalhar com música por um longo tempo, de poder pisar em grandes palcos e ficar famosos. Nós vamos trabalhar duro quanto nós pudermos, continuar a apoiar um ao outro, nos divertir e criar memórias com os nossos fãs. E nos lembrar que mesmo quando a situação fica difícil, nós ainda somos sortudos por poder trabalhar com o que nós amamos.
*IKEA: Companhia privada de origem sueca, controlada por uma série de corporações sediadas nos Países Baixos, especializada na venda de móveis domésticos de baixo custo.
Fonte: Afronblandet
Tradução sue - ing: ber (@supremeber90 no Twitter)
Tradução ing - pt/br: TD SQUAD BR




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